MP tenta barrar show de R$ 800 mil de Leonardo, que já foi condenado a devolver dinheiro público.

Parece roteiro repetido, mas é a mais pura realidade do descaso com o dinheiro do povo. O Ministério Público (MP) precisou entrar em ação para tentar impedir mais uma "farra" bancada com os nossos impostos: um show do cantor sertanejo Leonardo, no valor absurdo de R$ 800 mil, contratado pela prefeitura de Teresópolis (RJ).

Enquanto o cidadão comum de Teresópolis enfrenta filas em postos de saúde, buracos na rua e escolas precisando de reforma, a prefeitura acha que a prioridade é dar quase um milhão de reais para um artista que já é milionário. E o mais revoltante é que essa não é a primeira vez que o cantor, conhecido por ser um apoiador fervoroso de Bolsonaro e do agronegócio, se envolve nesse tipo de negócio suspeito.

Vamos refrescar a memória: Leonardo já foi, inclusive, condenado pela Justiça a devolver parte do cachê de um show em outra cidade, exatamente pelo mesmo motivo: o valor foi considerado abusivo e um desrespeito com as necessidades da população local. Ou seja, é um padrão, um modo de operação que se repete em cidades administradas por políticos que parecem não ter compromisso com o povo.

A história é sempre a mesma: um político da direita contrata um artista alinhado ideologicamente, por um valor astronômico e injustificável. Eles chamam de "entretenimento", mas na verdade é uma transferência vergonhosa de dinheiro público, que deveria ir para a saúde e educação, direto para o bolso de quem já tem de sobra.

A ação do Ministério Público é uma luz de esperança e mostra que há quem lute pelo interesse popular. Mas o povo precisa ficar de olho. Esse esquema de shows superfaturados é uma das muitas maneiras que a direita usa para desviar o nosso dinheiro e beneficiar seus aliados. O cachê milionário de um cantor bolsonarista não pode ser mais importante que a dignidade do povo trabalhador.