Ditadura que matou nosso músico é a mesma que tentou voltar em 8 de janeiro
Descrição do post.Encontraram os restos do pianista brasileiro Francisco Tenório Júnior, sequestrado e morto pela ditadura argentina em 1976. A violência da direita que calou sua música é a mesma que hoje ameaça nossa liberdade e tentou dar um golpe no Brasil. Não podemos esquecer. A luta continua!
POLÍTICA
9/14/20251 min read


A verdade, mesmo que demore quase 50 anos, sempre encontra um jeito de aparecer. Foi encontrado o corpo do músico brasileiro Francisco Tenório Júnior, o Tenorinho, um pianista genial que teve sua vida e sua arte brutalmente interrompidas pela ditadura militar argentina em 1976. Ele tinha 34 anos, estava em turnê com Vinicius de Moraes e Toquinho, e simplesmente desapareceu depois de sair para comprar um remédio.
O que aconteceu com Tenorinho não foi um acidente. Ele foi mais uma vítima do ódio da direita, de um regime militar violento, fruto de um golpe de estado, que não tolerava a liberdade, a arte e o pensamento crítico. Eles o sequestraram, torturaram e o mataram, calando para sempre seu piano. Ditaduras de direita, como a que matou Tenorinho na Argentina e a que oprimiu o Brasil por 21 anos, funcionam assim: eliminando quem pensa diferente.
É impossível não olhar para essa notícia e não lembrar da ameaça que vivemos aqui mesmo, no nosso país, há pouco tempo. O dia 8 de janeiro de 2023 foi a tentativa de herdeiros dessa mesma ideologia de morte de darem um novo golpe de estado no Brasil. A turma que pedia intervenção militar, que invadiu Brasília e quebrou o patrimônio do povo, queria instalar aqui um regime de força, onde artistas como Tenorinho seriam novamente calados, e onde a vontade do povo não valeria nada.
A direita que hoje fala em "liberdade" é a mesma que apoiou e sustentou ditaduras que roubaram a liberdade, a vida e os sonhos de milhares de pessoas. Encontrar o corpo de Tenorinho é um soco no estômago que nos lembra: não há como negociar com quem flerta com o autoritarismo. A luta para que a música nunca mais seja interrompida pela bota de um militar é a luta de todos nós, a luta do povo.